Na próxima sexta-feira,16, às 19h, lideranças políticas e empresariais de Marabá vão se reunir com o objetivo de preparar um estrondoso ato público, no qual vão cobrar do governo em todas as suas esferas e, principalmente, da Vale, a implantação da Aços Laminados do Pará (Alpa), projetada para o Distrito Industrial de Marabá. Esta é a segunda vez que os marabaenses se articulam para defender a imediata implantação do projeto. Em 2009, produziram um abaixo-assinado com vistas a assegura o investimento anunciado pela empresa e prometido pelo governo. Agora, de acordo com o deputado João Salame, líder do PPS na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), a mobilização visa avaliar todos os obstáculos à implantação do projeto,orçado em R$ 350 milhões.
Tais obstáculos são a derrocagem do Pedral do Lourenço, no rio Tocantins, para viabilizar a hidrovia ligando Marabá ao porto de Vila do Conde, em Barcarena, que custaria algo em torno de R$ 250 milhões. As eclusas do rio Tocantins, construídas a um custo elevado, não se justificam sem a essa derroagem. Até agora, só 1% da produção do sul e sudeste do Pará é escoado pelo Tocantins. Outro obstáculo enumerado por Salame é o desvio da Transamazônica, que competiria ao governo do Estado, como contrapartida. Ele tamém inclui a desapropriação do Lote 11, para a implantação da planta industrial da usina, como etapa a ser vencida já. “Estamos com a sensação de que está havendo jogo de empurra entre o governo e Vale e vamos exigir uma definição, inclusive com relação á volta do projeto para o âmbito do PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento), de onde foi retirado pelo governo federal a quando dos cortes no orçamento geral da união”, disse João Salame.
Segundo o parlamentar, que discorreu sobre o assunto no horário do Grande Expediente da Alepa, nesta quarta-feira 14, a sociedade marabaense não vai aceitar qualquer recuo na política de verticalização dos minerais de Carajás. “Se isso acontecer, vamos ter que dar andamento a ações mais radicais, até que sejamos atendidos, porque não estamos pedindo nenhum favor nem à Vale nem ao governo”, advertiu Salame.
Segundo o deputado, o município de Marabá já começa a sofrer as conseqüências do atraso na implantação do projeto. Milhares de pessoas estão acorrendo ao município, em busca de oportunidade de trabalho, o que acaba pressionando o poder público local com demandas para as quais o municípios não está preparado.
MEMÓRIA
"Com projeto lançado oficialmente no dia 22 de junho de 2008, em Marabá, num evento que contou com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-governadora Ana Julia Carepa e do então presidente da Vale S.A, Roger Agnelli, a Aços Laminados do Pará (ALPA), tornou-se mais um dos muitos sonhos da espoliada população da região do sul e sudeste do estado do Pará que almeja tornar-se legitimamente no glorioso Estado do Carajás", diz o cabeçalho do abaixo-assinado de três anos passados.
A siderúrgica terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas. A entrada em operação em caráter experimental da siderúrgica (alto forno, aciaria e laminação) estaria prevista para o final de 2013. A ALPA tem investimento estimado em R$ 5,8 bilhões, com geração de 16 mil empregos na fase de implantação. Na operação, deverão ser mais 5.300 empregos diretos e outros 16 mil indiretos. Após marchas, contramarchas e vários anúncios de que a ALPA não seria mais implantada em Marabá, inclusive com a declaração bombástica feita em 16 setembro de 2011 pelo vereador Nagib Mutran Neto, presidente da Câmara Municipal de Marabá, de que a siderúrgica da Vale seria colocada à venda e seria implantada em Pacém, município do estado do Ceará e com a retirada da verba do Programa de Aceleração do Crescimento para as despesas do derrocamento do Pedral de São Lourenço no Rio Tocantins. Mais recentemente o próprio atual presidente da Vale, Murilo Pinto de Oliveira Ferreira reafirmou que a construção da ALPA em Marabá é uma decisão irreversível da empresa e que não está condicionada a conveniências de governos ou partidos políticos, afirmando textualmente: “Entendemos que esta é uma demanda da sociedade paraense e por isso estamos fortemente comprometidos com esse empreendimento”.
Agora, mais recentemente ainda, estão correndo rumores de que a Vale vai implantar um siderúrgica a 40 quilômetros de São Luís do Maranhão, com capacidade instalada para produzir um milhão de toneladas a mais do que a planta prevista para Marabá. Detalhe: o minério sairá ele todo do Estado do Pará, onde devem ficar só os buracos.
Na opinião de alguns empresários de peso, se isto acontecer a usina de Marabá ainda vai ficar no papel por um bom tempo. O que o deputado Salame e, de resto, toda a sociedade de Marabá, temem é que depois de tanta expectativa, a Alpa vá repetir a usina de cobre, que seria implantada na região e acabou trocada por trinta mil casas populares que nunca foram construídas.
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Abaixo-assinado pela implantação e início das operações para 2014 da siderúrgica Aços Laminados do Pará (ALPA), no Distrito Industrial de Marabá. Para assinar, clique aqui.
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Abaixo-assinado pela implantação e início das operações para 2014 da siderúrgica Aços Laminados do Pará (ALPA), no Distrito Industrial de Marabá. Para assinar, clique aqui.
Tudo isso é verdade, mas também é verdade que a classe politica do Pará não representa nada no contexto da politica Nacional, devem todos pertencerem ao baixo clero, pois nada influenciam e só servem para aparecer nas paginas policiais.
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