terça-feira, 8 de novembro de 2011

Salame debate problemas de frigoríficos em Itaituba



Dentro de poucos dias, os dois frigoríficos de Itaituba, Oeste do Pará, que estavam fechados por decisão judicial, voltarão a funcionar, acabando com o desassossego da população local, de cerca de 97 mil pessoas. Este foi o resultado da audiência pública, realizada nesta segunda-feira 7, na Câmara de Vereadores daquele município, a  pedido do deputado Hilton Aguiar. O deputado João Salame Neto,  líder  do PPS na Assembléia Legislativa do  Pará (Alepa), esteve em Itaituba e discutiu o problema com outros parlamentares e autoridades locais. A audiência contou ainda com a presença  do deputado Edmilson Rodrigues (Psol) e José  Megale (PSDB). 
O promotor de Justiça local, Mauriem Virgulino, o  secretário  de Meio Ambiente, Ivo Lubrina de  Castro, e o chefe de gabinete da  prefeitura, Israel Santos, também compareceram.  O Legislativo foi representado pelo vereador Peninha. O promotor disse que a Prefeitura de Itaituba e a Câmara de Vereadores não  tiveram culpa  pelo fechamento dos frigoríficos. Segundo ele, os proprietários, numa briga entre eles,  é que recorreram à  Justiça, pedindo o fechamento. Virgulino criticou a Secretaria de Meio Ambiente  do  Estado, que se manifestou oficialmente sobre a questão, dizendo que o município não tinha competência para legislar sobre o funcionamento dos  frigoríficos.
O frigorífico Frigorífico Vale do Tapajós (Frivata) fechado dia 10 de outubro,  conseguiu ordem judicial e já  estava operando quando a decisão foi tomada. 
A carne bovina representa 90% de toda a carne consumida em Itaituba. Os outros 10% são de caprinos e suínos. O fechamento foi determinação do juiz Gleucival Estevão.
O Frivata estava atuando sem a Licença Operacional (LO), que teria que ser liberada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). O frigorifico foi impedido de comercializar seus produtos.
O  Frigorífico Araticum, conhecido como  Friara, também foi fechado e, com isso, os açougues da cidade passaram a se abastecer de carne bovina em Santarém, a  350 quilômetros de distância,  na foz do Tapajós. Mas isso implicou em custos que acabaram resultando em aumento do preço final do produção a taxas  superiores até a 20%  sobre os preços normais.
O assunto foi bastante discutido durante na Câmara Municipal de Itaituba. O vereador Luís Fernando Sadeck, Peninha (PMDB), apresentou requerimento solicitando a implantação de um frigorífico municipal. A prefeitura anunciou que desapropriaria uma área para que fosse montada uma estrutura para o frigorífico municipal.
Diversos produtores rurais ficaram impossibilitados de comercializar a carne por razões burocráticas. O prefeito, Valmir Climaco de Aguiar, disse que iria faltar carne até merenda escolar, se não houvesse uma solução imediata  para o problema. 
Por  isso, a ida de deputados a Itaituba foi fundamental para superar  o impasse. Salame, aliás, há  poucos dias ajudou o seu colega Aguiar a conseguir melhoramentos para o atendimento da saúde em Itaituba.

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