João Salame em primeiro plano em reunião com Ministro dos Transportes |
“Reuniões altamente produtivas no sentido de reativar as prioridades do Projeto Alpa. Na terça, a comitiva marabaense foi recebida na sede da Vale, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, foi ratificado o compromisso da Vale com o empreendimento. Na quarta 11, nova audiência em Brasilia, com o Ministro dos Transportes, Paulo Passos. Segundo o Ministro, o projeto executivo seria licitado pelo Governo Federal, porém, a Vale propôs contratar diretamente a empresa responsável, o que garante economia de tempo. De acordo com o Ministro, a Vale inicia amanhã (dia 13) o projeto executivo, no valor estimado de R$ 9 milhões, com prazo de entrega de 4 meses. Ganhamos um tempo enorme”. Assim resumiu um integrante da comitiva marabaense. A reunião do Rio de janeiro foi articulada pelo deputado João Salame Neto, líder do PPS na Assembléia legislativa do Pará. Já a reunião de Brasília,vários parlamentares ajudaram na articulçação.
Em reunião com a bancada federal do Pará e lideranças empresariais de Marabá, na tarde da quarta-feira 11, o Ministro dos Transportes, Paulo Passos, garantiu que já está em andamento o projeto executivo do Pedral do Lourenço, obra necessária para viabilizar a hidrovia do Tocantins, que é fundamental para a instalação de um pólo industrial em Marabá. A reunião de Brasília foi o segundo momento da incursão de umacomitida de políticos e empresários de Marabá.
O primeiro foi na terça-feira 10, numa reunião com a Vale, no Rio Janeiro. Entre os lídere dacomitiva estava odeputado João Salame Neto (PPS). Salame também esteve na audiência com o ministro Paulo Passos.
Segundo o ministro, o projeto executivo – que é basicamente um estudo mais detalhado, com custos e procedimentos da obra a ser realizada – deve ficar pronto em até quatro meses. Na reunião, o ministro sugeriu uma nova audiência com a bancada e lideranças empresariais e políticas de Marabá assim que forem concluídos os estudos, para então dar prosseguimento ao assunto.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) questionou o ministro sobre a execução das obras. Afinal, há vinte dias, a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou em audiência com o senador Flexa Ribeiro e o próprio líder do Governo no Senado, Senador Eduardo Braga (PMDB-AM) que o Governo Federal havia decidido realizar as obras de derrocamento do Pedral. A informação inclusive foi publicada em reportagem desta segunda-feira 9 do jornal Valor Econômico.
Durante meses, havia um impasse se as obras seriam tocadas pela Vale ou pelo Governo Federal. No entanto, um assunto que parecia ter sido encerrado pela Ministra Belchior, voltou à tona. Contradizendo o que havia afirmado a ministra, Passos disse que “a obra é fundamental e que entende a sua importância e ela será feita, pela Vale ou pelo Governo”, disse Passos.
“Assim que saí da reunião fui até o senador Eduardo Braga, que estava comigo e confirmou aquilo que a Ministra Miriam Belchior disse. É lamentável esse desentendimento do Governo Federal. Espero que essa dúvida seja sanada nos próximos dias e não tenhamos que esperar mais, como foi sugerido na reunião”, disse Flexa Ribeiro.
O senador Eduardo Braga estranhou a declaração de Passos e confirmou que o Governo Federal havia declarado que iria realizar a obra. Braga afirmou ainda vai procurar a Ministra Miriam Belchior para saber mais sobre o assunto.
Na reportagem do Valor Econômico, o diretor global da Vale para a área siderúrgica, Aristides Corbellini afirma que para que seja tocada a siderúrgica do Pará (Aços Laminados do Pará), em Marabá, deve ser encontrada uma solução logística, entre eles, o derrocamento do Pedral do Lourenço, que está a cargo do Governo Federal.
“Segundo o executivo da Vale, o que tem que ser feito pelo governo federal, é uma obra de “derrocamento” (explosão de pedras) num trecho do Rio Tocantins chamado Pedral do Lourenço, cheio de pedras que na seca impede as embarcações de certo calado de navegarem na hidrovia. As obras incluem também ampliação do porto de Vila do Conde, pois será ali que irá escoar a produção da Alpa”, registra a reportagem.
“Nossa maior preocupação é no sentido de que as obras sejam efetivamente realizadas e por uma série de investimentos previstos em Marabá e região. Existe um enorme potencial, mas o tempo está passando”, disse Flexa Ribeiro.
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