quarta-feira, 25 de abril de 2012

Deu na Imprensa: O acidente e a Alça Viária


Pior que a morte de nove  pessoas, vítima de uma colisão entre um ônibus fretado para a  Prefeitura de Tailândia, para transportar pacientes renais,  para fazer hemodiálise  em Belém, e um caminhão chapado de bubinas  de aço,  é  certeza que outros tantos ainda morrerão até  que os responsáveis  pela manutenção da pista de rolamento da Alça Viária, um conjunto de rodovias  e pontes  que dão acesso ao  Sul do Pará desde a capital Belém, resolvam tapar  pelo menos a  metade dos  buracos existentes.  Não se pode  pensar em solução definitiva,   pois seriam necessários uns R$ 300 milhões, para a  obra. O  governo do Pará teve um pouco mais que a  metade dessevalor para investimento em todo o território paraense… Se  não pedir ajuda  federal, não teremos  mais estradas  em pouco tempo.
Na semana  passada, dois deputados insuspeitos, por serem da base  de sustentação   do governo – Cássio Andrade(PSB) e João Salame (PPS) – e, realmente serem responsáveis, sérios em seus posicionamentos,  denunciaram o péssimo  estado das estradas paraenses.  Cássio Andrade relatou o  que viu  de absurdo num giro que fez   pelo Sul e  Sudeste do Pará. João Salame, que mora em  Marabá  e sempre está trafegando pela PA-150 e Alça Viária, disse também  que a situação é precária.Ambos apelaram ao governador  Simão Jatene para que determine  uma ação imediata da secretaria de Transportes, a fim de amenizar  o problema e evitar acidentes  como o que ocorreu  ontem, no quilômetro 20 da  Alça Viária.
Está  na hora  de o Ministério Público, estadual ou federal conforme  o caso,  sair  por  aí interditando  essas rodovias imprestáveis, assassinas, para que os  gestores sejam obrigados a mantê-las em bom estado. Isso  não é difícil.  O  Estado do Tocantins,  como  disse o  deputado João Salame, muito mais  pobre que o Pará, tem uma malha  viária impecável, de 22   mil  quilômetros.
No caso da  Alça Viária,  o projeto foi de afogadilho  e apresenta muitos problemas, como a falta de drenos nas áreas baixas  – só agora  estão colocando, perto da  primeira ponte indo  de Belém -,  falta de acostamento, como em todas  as estradas pavimentadas pelos tucanos, falta  de  sinalização na pista de nas laterais; falta  de informações sobre  quilometragem, município a que pertencem as localidades, falta de avisos  etc. Para quem visita o Pará,essas estradas são horrorosas, perigosas  e inesquecíveis: por  elas, eles nunca mais vão  querer  passar.  Só  continuam passado os  passageiros de  ônibus e caminhoneiro que  não tem  alternativa. E  ainda se fala em atrair turistas… Tenha paciência!

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