sexta-feira, 20 de abril de 2012

Deputado exorta sociedade a ficar atenta para a questão da Alpa


“A sociedade paraense em geral e a marabaense, em particular, deve se manterem estado de alerta, pressionando sempre a Vale eos governos do estado e federal, para que cada um cumpra a sua responsabilidade no processo que resultará a implantação da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá, como foi acordado desde do início”. A. convocação é do deputado João Salame Neto (PPS), que participou, na semana passada, de duas importantes reuniões acerca do assunto: um, no Rio de janeiro, com dirigentes da Vale, e outra, em Brasília, com bancada federal do Pará, e o ministro dos Transportes; Paulo Sérgio Passos.
Salame retornou entre confiante e preocupado dos dois encontros, porque não houve nenhum documento assinado,confirmando que o investimento de R$ 6 bilhões será realmente feito no seu município, Marabá. Mas, também,advertiu: a população do sul e sudeste do Pará não vai aceitar pacificamente, mais uma vez, a Vale levar o projeto para o Maranhão, como tem se falado, para escoar a produção pelo porto de Mearim, deixando aqui só os problemas sociais e ambientais já bastante conhecidos. “Sei que há pessoas com intenção de radicalizar, se isso acontecer. Fala-se mesmo em sabotar os trilhos e as composições ferroviárias da Vale”, disse o deputado.
O parlamentar afirma ter ouvido do alto comando da mineradora que a prioridade é implantar o empreendimento no, como foi acertado com o ex-presidente Luis Inácio da Silva e a ex-governadora Ana Júlia Carepa, há cerca de três anos.Mas também ouvi que se não forem tomadas as providências no sentido de desviara Transamazônia (BR-230) na área do projeto, ampliado o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, derrocado o Pedraldo Lourenço, no rio Tocantins e desapropriado o lote 11, a Vale pode optar por levar a usina para o Maranhão e, ao invés de transportes hidroviário ou ferroviário, utilizaria o rodoviário.
Seriam responsabilidade do governo do Pará a desapropriação do lote 11, a ampliação do Porto de Vila do Conde e o desvio da Transamazônia. Caberia ao governo federal a derrocagem do pedral. A dificuldade com o lote 11 é que há uma empresa explorando água mineral, atividade regulada pela União, já que trata-se de subsolo.
Na reunião com a bancada federal do Pará, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, garantiu que já está em andamento o projeto executivo do Pedral do Lourenço, obra necessária para viabilizar a hidrovia do Tocantins, que é fundamental para a instalação de um pólo industrial em Marabá.
Segundo o Ministro, o projeto executivo – que é basicamente um estudo mais detalhado, com custos e procedimentos da obra a ser realizada – deve ficar pronto em até quatro meses. Na reunião, o ministro sugeriu uma nova audiência com a bancada e lideranças empresariais e políticas de Marabá assim que forem concluídos os estudos, para então dar prosseguimento ao assunto.Passos disse que “a obra é fundamental e que entende a sua importância e ela será feita, pela Vale ou pelo Governo”.
O diretor global da Vale para a área siderúrgica, Aristides Corbellini afirma que para que seja tocada a siderúrgica do Pará (Aços Laminados do Pará), em Marabá, deve ser encontrada uma solução logística, e que o derrocamento do Pedral do Lourenço está a cargo do Governo Federal. Mas isso inclue também ampliação do porto de Vila do Conde, pois será ali que irá escoar a produção da Alpa. Saleme disse que o investimento em Barcarena não é tão alto, se a CDP (Companhia das Docasdo Pará), não quiser fazer um porto faraônico.

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