Nem os estudantes universitários, nem os servidores estaduais que se encontram hoje no Sul e Sudeste do Pará - o mesmo vale para a região Oeste - devem se preocupar com o futuro, na hipótese de ser aprovada a criação dos estados de Carajás e Tapajós. Se isso acontecer, tanto uns quanto os outros permanecerão onde estão, cumprindo o seu papel. Esta foi a garantia que deu o deputado João Salame Neto, líder do PPS na Assembléia Legislativa do Pará e presidente da Frente Pró-Carajás, que defende a formação de novos estados, a partir do atual território do Pará. O fez ao responder à indagação de uma telespectadora do programa "Bom Dia Pará", da TV Liberal, Canal 7, que foi ao ar na manhã desta terça-feira. A telespectadora se identificou como estudante da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e queria saber se, no caso da criação dos novos estados, ela seria prejudicada, com o fechamento da universidade estadual no então Estado de Carajás.
Salame disse que com os estudantes universitários ou secundaristas das escolas do governo do Pará não acontecerá nada que possa prejudicá-los. "Os novos Estados terão que absorver tanto os estudantes quanto os professores desses estabelecimentos e , por certo,será muito melhor para todos, porque terão condições de pagar melhor. Hoje, a gente vê os professores em greve e o governo dizendo que não tem R$ 60,00 para completar o salário base estipulado pelo MEC".
A mesma coisa vale para os servidores do Estado."Os que quiserem permanecer no Pará terão que retornar ao Novo Pará, enquanto aqueles que quiserem continuar onde estão, passaram a ter seus direitos integrais reconhecidos pelos novos estados".
Salame também aproveitou o tempo da entrevista (dez minutos) para desfazer o mito que se tenta criar em torno da ideia segundo a qual os novos estados vão onerar o governo brasileiro e mostrou que, com Carajás e Tapajós, a fatia do bolo do Fundo de Participação dos Estados vai ser muito maior do que é agora. O deputado também mostrou que todos os estados criados recentemente apresentam índice de desenvolvimento humano superior ao Pará. "Temos que perder o medo. O povo brasileiro vivia morrendo de medo de colocar um operário na presidência da República. Quando perdeu o medo, a sua situação melhorou bastante. Os novos estados são a saída para o desenvolvimento desta região, já que as decantadas riquezas - minérios, energia e madeira - não deixam benefícios ficais porque são isentas".
O Novo Pará, que deixará de investir nas regiões de Carajás e Tapajós, terá um ganho de R$ 1,3 bilhões para investir em infraestrutura. No ano passado, o governo do Pará gastou cerca de R$ 1,6 bilhão nas duas regiões emancipacionistas. Esse recurso será investido em uma área equivalente a apenas 17% do atual território do Pará, justamente aquela que já contra com melhores condições.
Para ver a entrevista, clique aqui.
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