O deputado João Salame Neto (PPS), presidente da Frente Parlamentar Por Um Pará Mais Forte, explicou, na semana passada, em palestra que proferiu nas Faculdades do Pará (FAP), qual será o destino dos servidores do Estado do Pará, diante da criação dos estados de Carajás e Tapajós.Disse o parlamentar que há dois caminhos a serem seguidos. No primeiro, o servidor optará por continuar trabalhando para o governo do Novo Pará. Neste caso, se estiver atuando em municípios que ficaram nas regiões emancipadas, terá que ser transferido para um dos 78 municípios que constituirão o Novo Pará. No segundo, o servidor optará em se integrar ao novo Estado – Carajás ou Tapajós. O novo governo absorverá todos os seus direitos trabalhistas e funcionais, como se nada tivesse acontecido. Apenas, o novo Estado – Carajás ou Tapajós - assumirá as despesas da contratação do servidor.Muda só a fonte pagadora, em outras palavras. Nenhum funcionário vai perder o seu emprego.
“Pelo contrário, afirma Salame, vão ser criados mais empregos, para que os novos estados possam funcionar. Carajás e Tapajós vão gerar, no ato da implantação,pelo menos 20 mil novos postos de trabalho só na burocracia. Assim, é certo que muitos jovens que hoje estão formados ou fazem faculdade em Belém, terão oportunidade de conseguir o seu primeiro emprego, porque as regiões a serem emancipadas não contam ainda com um contingente de profissionais capaz de preencher todas as vagas. Serão mais professores, mais policiais civis e militares, mais servidores no Judiciário e no Legislativo. Com a implantação de novos cursos superiores, a juventude que hoje mora no Sul, Sudeste e Oeste do Pará vai também se qualificar para preencher essas vagas e as novas que surgirem. Foi assim no Tocantins, aonde não havia nenhum cursos superior. Hoje,há cinco só de Medicina e o Estado conta com 20 mil estudantes universitários”.
Para João Salame, que é líder do seu partido na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), induzir o servidor a acreditar que poderá ser demitido na hipótese de serem criados os novos estados, é terrorismo e desserviço à democracia.
O plebiscito sobre a criação dos novos estados será no dia 11 de dezembro e os eleitores de todo o Pará devem comparecer às suas secções eleitorais para votar SIM ou NÃO. O resultado da votação será referendado pela Alepa e encaminhado para o Congresso Nacional. Caso deputados e senadores concordem com a criação de Carajás e Tapajós, o projeto de lei, criando um e outro ente federativo,vai para a sanção da presidenta Dilma Rousseff, que pode ou não validar o desejo do povo.
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