segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Salame no Programa Argumento, hoje


O  deputado João Salame  Neto (PPS), presidente da Frente Por um  Pará Mais Forte,  que defende  a tese a favor da criaçao  dos estados de Carajás e Tapajós, será um dos entrevistados desta  noite, do Programa Argumento, da Rede Brasil Amazônia de  Comuncação (RBA), apresentado  pelo jornalista Mauro  Bonna. Assim, quem ainda tem alguma dúvida sobre as vantagens que resultarão da criação dessas duas novas unidade  federativas, poderão dissipá-la, assintindo ao programa,  que vai ao ar  às 21h30 e  até  mesmo participando por  telefone.  Salame vai dizer,  entre outros argumentos, que a divisão do Pará vai propiciar às novas unidades constituídas pelas regiões  sul e sudeste (Carajás) e Oeste (Tapajós) maior presença do Estado,   o que implica redução da criminalidade e a disponibilização de serviços  essenciais como saúde,  educação,  transporte e   segurança públicos. Dirá também que todos os estados criados recentemente (1988) se  tornaram melhores para se viver, embora  alguns ainda  enfrentem dificuldades  como,  de resto,  todos os  estados brasileiros. Demonstrará que Carajás e Tapajós não serão nem mais nem menos dependentes  da   União do que o Pará,  com os seus 1, 2 milhão de quilômelhores quadrados.  Afirmará que a região  Amazônica ganhará mais representatividade política, pois passará acontar com mais seis senadores, igualando-se ao Nordeste. Que o PIB do Pará remanescente ficará mais ou menos igual ao atual, para ser aplicado numa área bem menos: só 17% do território remenescente. E que os novos estados  vão gerar mais de 20 mil empregos diretos, que deverão ser ocupados por pararaenses, em sua maioria, já  que as regiões emancipacionistas não contam com tanto pessoal qualificado. 
Salame  é um estudioso da questão e está  convencido de que assim será melhor  para todos. "Vamos ter  mais recursos  do Fundo de Participação do Estado (FPE) e do  municípios (FPM)", afirma.   Ele também joga por terra a tese de que só forasteiros querem a criação dos dois novo sestados: "Eu sou paraense, filho de  paraenses, casado com paraenses  e pai de paraenses. Quero a divisão porque sinto na pele a dificuldade em que vivem as populações dessas áreas. O  governo do Estado,seja quem for o governador,  não tem como enfrentar e solucionar os problemas existentes no  sul e sudeste do Pará,  nem no Oeste,  porque vai sempre  esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal. Para  contratar servidores, terá que desrespeitar a lei. Ou, de outro  modo, para  atender a nossa região precisa desfalcar a região metropolitana de Belém, que é onde está concentrada a maioria dos  servidores públicos  do Pará", analisa. 
Salame cita o exemplo de Tocantins, criado a  partir de  Goiás.  Com o novo Estado, acabaram-se as  mortes por encomenda no Bico do Papaguaio, foram criadas dezenas  de univerdades - o  estado conta  com 20 mil  estudantes de graduação, atualmente- e foram abertos seis mil  quilômetros de rodovias pavimentadas. Antes havia   apenas 200  quilômetros. E cita o caso do Amapá, criado  há 60 anos, e que em 1988 passou da  condição de território federal para estado. "Pergunta lá, em Macapá, se eles querem voltar a participar do Estado do  Pará. A   situação não é boa, mas é  melhor do que era quando o Amapá  pertencia ao Pará, um estado gigantesco que não dá conta  de atender os municípios mais distantes. A população de Afuá e Chaves, no Marajó, busca  socorro onde? Em Macapá que é mais perto. Até chegar a Belém,  muitas vezes, em se tratando  de doença grave, o paciente  morre  no caminho".
    

Um comentário:

  1. caro deputado
    João Salame,

    Sua apresentação no Mauro Bonna foi impecável. Demonstrou segurança, conhecimento e argumentos lastreados em estudos que deixaram o apresentador, muitas vezes, sem reação para complemento ou desenvolvimento da entrevista. Dominaste a entrevista de cabo a rabo.
    Gostaria de informar que a gravação do programa está à sua disposição no Comitê.
    E mais, quem assinou a lei complementar 31, em 11 de outubro de 1977 criando o estado do Mato Grosso, foi o general Geisel. Figueiredo assinou a lei criando Rondônia, segundo lei complementar 41 em 22 de dezembro de 1981.
    No mais, receba nossos parabéns pela brilhante participação na entrevista.
    Agenor Garcia
    jornalista

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