O deputado João Salame Neto (PPS), presidente da Frente Por um Pará Mais Forte, que defende a tese a favor da criaçao dos estados de Carajás e Tapajós, será um dos entrevistados desta noite, do Programa Argumento, da Rede Brasil Amazônia de Comuncação (RBA), apresentado pelo jornalista Mauro Bonna. Assim, quem ainda tem alguma dúvida sobre as vantagens que resultarão da criação dessas duas novas unidade federativas, poderão dissipá-la, assintindo ao programa, que vai ao ar às 21h30 e até mesmo participando por telefone. Salame vai dizer, entre outros argumentos, que a divisão do Pará vai propiciar às novas unidades constituídas pelas regiões sul e sudeste (Carajás) e Oeste (Tapajós) maior presença do Estado, o que implica redução da criminalidade e a disponibilização de serviços essenciais como saúde, educação, transporte e segurança públicos. Dirá também que todos os estados criados recentemente (1988) se tornaram melhores para se viver, embora alguns ainda enfrentem dificuldades como, de resto, todos os estados brasileiros. Demonstrará que Carajás e Tapajós não serão nem mais nem menos dependentes da União do que o Pará, com os seus 1, 2 milhão de quilômelhores quadrados. Afirmará que a região Amazônica ganhará mais representatividade política, pois passará acontar com mais seis senadores, igualando-se ao Nordeste. Que o PIB do Pará remanescente ficará mais ou menos igual ao atual, para ser aplicado numa área bem menos: só 17% do território remenescente. E que os novos estados vão gerar mais de 20 mil empregos diretos, que deverão ser ocupados por pararaenses, em sua maioria, já que as regiões emancipacionistas não contam com tanto pessoal qualificado.
Salame é um estudioso da questão e está convencido de que assim será melhor para todos. "Vamos ter mais recursos do Fundo de Participação do Estado (FPE) e do municípios (FPM)", afirma. Ele também joga por terra a tese de que só forasteiros querem a criação dos dois novo sestados: "Eu sou paraense, filho de paraenses, casado com paraenses e pai de paraenses. Quero a divisão porque sinto na pele a dificuldade em que vivem as populações dessas áreas. O governo do Estado,seja quem for o governador, não tem como enfrentar e solucionar os problemas existentes no sul e sudeste do Pará, nem no Oeste, porque vai sempre esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal. Para contratar servidores, terá que desrespeitar a lei. Ou, de outro modo, para atender a nossa região precisa desfalcar a região metropolitana de Belém, que é onde está concentrada a maioria dos servidores públicos do Pará", analisa.
Salame cita o exemplo de Tocantins, criado a partir de Goiás. Com o novo Estado, acabaram-se as mortes por encomenda no Bico do Papaguaio, foram criadas dezenas de univerdades - o estado conta com 20 mil estudantes de graduação, atualmente- e foram abertos seis mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Antes havia apenas 200 quilômetros. E cita o caso do Amapá, criado há 60 anos, e que em 1988 passou da condição de território federal para estado. "Pergunta lá, em Macapá, se eles querem voltar a participar do Estado do Pará. A situação não é boa, mas é melhor do que era quando o Amapá pertencia ao Pará, um estado gigantesco que não dá conta de atender os municípios mais distantes. A população de Afuá e Chaves, no Marajó, busca socorro onde? Em Macapá que é mais perto. Até chegar a Belém, muitas vezes, em se tratando de doença grave, o paciente morre no caminho".
caro deputado
ResponderExcluirJoão Salame,
Sua apresentação no Mauro Bonna foi impecável. Demonstrou segurança, conhecimento e argumentos lastreados em estudos que deixaram o apresentador, muitas vezes, sem reação para complemento ou desenvolvimento da entrevista. Dominaste a entrevista de cabo a rabo.
Gostaria de informar que a gravação do programa está à sua disposição no Comitê.
E mais, quem assinou a lei complementar 31, em 11 de outubro de 1977 criando o estado do Mato Grosso, foi o general Geisel. Figueiredo assinou a lei criando Rondônia, segundo lei complementar 41 em 22 de dezembro de 1981.
No mais, receba nossos parabéns pela brilhante participação na entrevista.
Agenor Garcia
jornalista