terça-feira, 27 de setembro de 2011

Salame mostra na TV razões irrefutáveis para criação de novos estados


Logo depois de participar do Programa Argumento, comandando pelo jornalista Mauro Bonna, na Rede Brasil  Amazônia de Comunicação (RBA), o deputado João Salame Neto (PPS),  recebeu inúmeros chamados telefônicos, para cumprimentá-lo por seu excelente desempenho na defesa da criação do Estado de Carajás. Salme é o presidente da Frente Por um  Pará Mais Forte, registrada no Tribunal Regional Eleitoral para conduzir a campanha do SIM, com vistas ao plebiscito marcado para 11 de dezembro próximo. No programa da noite desta segunda-feira, que teve quatro blocos de 12 minutos cada, também  foram entrevistados os deputados José  Megale (PSDB), representando a Frente Parlamentar que defende a  criação do Estado do Tapajós; o seu colega Eliel Faustino, que é da frente contra  a criação do Estado do  Tapajós e o deputado federal Zenaldo Coutinho, da frente contra a criação de Carajás.    

O primeiro entrevistado da noite foi Megale. Ele mostrou que emancipação do  Oeste do Pará é um antigo sonho,  que vem desde 1854,  quando pioneiros na  ocupação do Centro-Oeste e parte da Amazôniase sentiram desamparado pelo governo central. Esse desejo apenas   se  consolidou com o passar dos anos.  Para fazer o contraponto, Mauro Bonna entrevistou Eliel Faustino, que também mostrou as razões  pelas quais o Pará  não deve ser dividido. Disse que os dois maiores estados da Amazônia, justamente o  Amazonas e  o Pará, pela  ordem de grandeza territorial, detém os maiores PIBs ( Produto Interno Bruto) da região, enquanto os estados menos – bem menores, mesmo, como Amapá, Rondônia, Acre e Roraima, são conhecidos pelas suas dificuldades financeiras, ausência de serviços  públicos etc. Isto, no entender do parlamentar de Ananindeua, derrubaria a tese emancipacionista segundo a qual émais fácil  governar um território pequeno, que numa extensão do Pará, com mais de 1,2 milhões  de quilômetros quadrados.

João  Salame foi o terceiro entrevistado, conforme um sorteio realizado pela produção do programa, minutos antes de Argumento entrar no ar. E deu seu recado com competência e firmeza. Salame exibiu  até um estudo, feito pelo Idesp (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Pará), que demonstra a viabilidade econômica dos futuros estados de Carajás e Tapajós; demonstrou que todos os municípios que ficarem no  que chama de Novo Pará, uma área de  17%do atual território paraense, vão ser beneficiados porque o governo terá mais recursos para investir. Também foi enfático ao desmontar a  tese de que só aventureiros e  forasteiros tem interesse na  criação dos novos estados.  João  Salame  disse que é paraense e a Frente conta ainda com outros paraenses, como os deputado Tião Miranda, Parsifal Pontes e   Waldenkolk Gonçalves, além de  vereadores e empresários que vivem em Marabá.

João Salame estava  com todas as respostas na ponta da língua, não dando margens para interpretações duvidosas em relação às vantagens propiciadas pela criação dos novos estados. Citou o caso dos estados criados a partir de um estado-mãe, como Mato Grosso do  Sul e Tocantins. “Mato Grosso do  Sul  era a  parte mais rica e quis se emancipar. Mato Grosso reclamou bastante da divisão, mas hoje é maior  rico que o Mato Grosso do Sul. O Tocantins fica numa região, chamada Bico do Papagaio,  que era mundialmente conhecida  pela violência que ali imperava,  havendo registro da morte inclusive de religiosos, como o padre  Jósimo  Tavares. Depois  que se emancipou, com a chegada do Estado,  não se ouviu mais falar em crime  de  pistolagem.  O  Tocantins não é  uma Califórnia,  mas nem sonha em voltar a ser Goiás e Goiás  quer seguir sem os encargos que Tocantins representaria numa possível reanexação. Vai ser a mesma coisa no Carajás e  no Tapajós. Os governantes vão ter mais recursos, nós vamos ter melhor representação política para ir  buscar investimentos federais e a qualidade de vida de todos vai melhorar consideravelmente”.
Salame lembrou que, com a configuração administrativa atual, o governo não tem como fazer frente às demandas sociais, sempre crescentes.  “Não adianta esperar que o governo vá resolver esse problema,  porque não tem como. Se contratar mais recursos humanos para as regiões mais afastadas, vai esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal;  se  remanejar o pessoal que trabalha na  região metropolitana e próximo a Belém,  vai ter problemas. Os  novos estados  vão oferecer  pelo menos 20 mil novos empregos que serão ocupados, certamente,  por jovens da  região de Belém, que é onde existem universidades”.

Nas redes  sociais, Salame  também “bombou”. Vejam o que disse Hiroshi Bogéa em seu blog: “Nas quatro entrevistas feitas por Mauro Bonna com os presidentes das Frentes contra e a favor dos novos Estados, o deputado João Salame (PPS) demonstrou estar bem mais familiarizado com números e dados,  que tanto serão exigidos durante os debates nesse período plebiscitário”.
O primeiro telefonema que recebeu foi do superintendente regional do Trabalho, Odair Corrêa, que também é ex-vice-governador do Pará e um dos pioneiros na defesa da criação do Estado do Tapajós. Daí em diante, foi uma série interminável de ligações, todas para parabenizar o deputado pelo brilhantismo da sua exposição. 

Além do deputado marabaense, presidente da Frente Pró-Carajás, também foram sabatinados no programa Argumento os deputados José Megale (PSDB), pró-Tapajós; Eliel  Faustino (PR), contra Tapajós: e Zenaldo Coutinho (PSDB), contra Carajás.

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