Depois de 11 de dezembro, data reservada para o plebiscito sobre a criação ou não dos estados de Carajás e Tapajós, a partir do território atual do Pará, com 1,2 milhões de quilômetros quadrados, o próprio Pará não será o mesmo: se for aprovada a divisão, o Pará ficará com apenas 17% da sua área atual, o equivalente ainda à dimensão de vários estados importantes da federação; se não passar, o governo terá que repensar o seu planejamento para as áreas separatistas para integrá-las verdadeiramente à vida econômica e social do Estado.
O plebiscito será realizado devido à insatisfação da população destas regiões quanto à dificuldade da chegada de recursos e assistência pública, que tem se tornado um problema para a população que se encontra com péssimo serviço de saúde, educação, saneamento básico.
O Pará ficará com 17% da sua área atual, conservando 71% de sua população atual de cerca de 7,5 milhões de habitantes. Carajás somaria uma população de aproximadamente 1,5 milhão de pessoas e com 23% da área que é hoje o estado do Pará, enquanto Tapajós preservaria ficará com53% da atual área do Pará e pouco mais de 800 mil habitantes.
Até 11 de dezembro, as manifestações vão se intensificar por todo o Estado, a cargo de quatro frentes parlamentares: uma a favor e outra contra à criação de cada estado. Pela frente Por um Pará Mais Forte, responde o deputado João Salame Neto. E ele já está em campo, defendendo a tese da necessidade dos novos estados, para desenvolver as três novas unidades federativas.
À noite do dia 13 passado, milhares de pessoas compareceram ao Espaço Cultural, em Redenção, para prestigiar as autoridades regionais no lançamento oficial da campanha pró-Carajás. Políticos de todos os municípios do sul do Pará compareceram ao evento.
Os deputados estaduais João Salame e Bernadete Ten Caten também marcaram presença. Todos discursaram pela criação do novo Estado. Dirigentes comunitários também tiveram oportunidade de expressar seus sentimentos em favor da divisão do Pará.
Na quinta-feira à noite, dia 15, grande público prestigiou o comício que marcou o início da caminhada pública rumo ao plebiscito de 11 de dezembro, realizado em frente ao ginásio da Folha 16, em Marabá,. Políticos de todas as colorações partidárias, entre prefeitos, deputados, lideranças comunitárias, entre outros, se revezaram ao microfone com justificativas sobre as motivações para criar o Estado do Carajás. Todos pediram votos para o “Sim”, que será representado nas urnas pelo número “77”.
Com o evento, a “Frente Por Um Pará Mais Forte” tentou mostrar o seu poder de mobilização e empolgar os militantes da causa para os três meses de campanha.
O comício de Marabá aconteceu dois dias depois de outro realizado em Redenção, município polo do sul do Pará, e que teria reunido, segundo os organizadores, mais de 20 mil pessoas.
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