O assunto é grave. Os Hospitais e outras instituições de saúde do Estado instalados em Belém produzem serviços remunerados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em torno de R$ 7 milhões/mês. Como a gestão de saúde é plena pela prefeitura de Belém, os recursos são depositados na conta do município, que deveria repassá-los para os referidas instituições.
No entanto esse repasse não ocorre ou, quando ocorre, é feito parcialmente em números muito inferiores ao montante que é recebido. Não existe pactuação assinada entre o Estado e a prefeitura, que se recusa a fazê-lo. Portanto, a prefeitura repassa quanto quer e quando quer.
Diante dessa situação o que faz a Secretaria de Saúde do Estado (Sespa)? Cobre os gastos dessas instituições do Estado na capital drenando recursos que deveriam ser destinados aos demais 143 municípios do Pará.
É assim que funciona a lógica dessa elite da capital. Além de administrar mal ainda o faz às custas da exploração dos demais municípios do Pará. Por isso uma meia dúzia de políticos da capital é contra a divisão do Pará. Quer continuar sugando a energia e os esforços dos milhões de paraenses que habitam os municípios do interior. Ao mesmo tempo, pela ineficiência e corrupção, privam os milhares de habitantes que residem na periferia da capital de serviços públicos de qualidade.
João Salame
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