domingo, 5 de junho de 2011

Ibama e Incra precisam funcionar, afirma deputado

No plenário, terça-feira passada, João Salame cobrou do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis) e do Incra (Instituto Nacional de Colização e Reforma Agrária) melhor atuação, para que os problemas criados pela burocracia oficial não atrapalhe o desenvolvimento regional. “É preciso que o governo federal deixe dessa demagogia porque precisamos de políticas públicas e tanto o Incra quanto o Ibama não funcionam e isso favorece os crimes de pistolagem. Salame referiu-se a Pacajá, município do Oeste do Pará, onde a atuação desses órgãos está engessando a economia. O mesmo acontece em Breves, no arquipélago de Marajó, e Porto de Moz, na foz do Xingu, Baixo Amazonas..
No dia 31, em aparte concedido pelo deputado Milton Zimmer, que discursava sobre a criação do Estado dos Carajás, Salame aduziu que a pistolagem desenfreada no Sul e Sudeste do Pará está diretamente relacionada à ausência do Estado naquelas regiões.
A divisão do Estado do Pará foi a tônica do discurso do deputado Milton Zimmer, que também é da área que pode se tornar o novo Estado. Ele  disse que a divisão do Pará não pode ser discutida com interesses políticos, mas com a visão de promover o desenvolvimento de regiões isoladas que sofrem sem a presença do Estado.
“O pronunciamento do deputado Milton Zimmer reforça o que venho dizendo nesta casa: a divisão do Pará é boa para todos, principalmente para a parte remanescente, que ficará com 75% do PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas) atual, com área menor para administrar e implantar infraestrutura, e com mais poder político para a região Amazônica, que passará a ter 27 senadores, igualando-se ao Nordeste que é a região que mais tem dado presidente ao Congresso, porque tem representatividade”.
Salame disse ainda que é preciso discutir a criação dos novos Estados, Carajás e Tapajós, de maneira desapaixonada, sem bairrismo, para ver se é realmente um bom negócio para todos. “Até agora, estou convencido de que assim será melhor, pois as regiões que buscam a emancipação estão esquecidas historicamente pelo governo, sem capacidade para atender às suas demandas”.
Salame também ironizou aqueles que dizem que a Vale estaria interessada na criação do Estado dos Carajás. “A Vale nunca se manifestou sobre isso”, disse. O deputado acrescentou que muito se fala nos méritos de A ou B para levar para Marabá a usina siderúrgica da Vale, se esquecendo que esta também foi uma luta do povo organizado, bloqueando rodovias e ferrovias, ações das quais participou ativamente como militante político.

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