quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Comício Pró-Carajás movimenta Xinguara nesta quarta-feira

Depois de um dia bastante corrido, na  quarta-feira  passada,  o deputado João Salame Neto,  líder do PPS  na   Assembléia  Legislativa do Pará (Alepa),   seguiu para Marabá e hoje deveria ir a  Xinguara, participar de mais um comício  em defesa da criação do Estado de Carajás, porém, segue para Itupiranga a fim de promover uma palestra sobre a criação dos novos estados. Ele  preside  a  Frente Por um Pará Mais Forte, registrada  no  Tribunal Regional  Eleitoral (TRE),  conforme a legislação  em vigor,  para defender a criação de  Carajás. Salame  é  um dos entusiastas da idéia, por ver nesse  mecanismo a única  alternativa  para um desenvolvimento regional compatível com a  importância da  região  para  a economia nacional.
 O  Pará  é   um  dos principais estados exportadores (de matéria prima)  do país, principalmente  minerais,  extraídos no  complexo da  Serra  dos Carajás, porém,  é penalizado  pela Lei Kandir, que desonera as  exportações, para que esses produtos ganhem competitividade no mercado internacional.  Considera  também  que  dividido o atual território do Pará em três unidades federativas, a  região ganha mais representatividade política, igualando-se em número de senadores ao Nordeste Brasileiro. Isso implica em novo arranjo federativo e representa  deslocamento de recursos financeiros  do sul e sudeste para a Amazônia.Segundo  ele, esta é  a razão da imprensa  nacional se posicionar contra.
João Salame já participou de  inúmeros debates sobre a  questão e está cada mais convencido de que esta é  a melhor opção. “Fronteira não significa nada para a  população, que  poder continuar indo e vindo. Os três estados vão ganhar mais  força política e econômica. O povo vai sentir a  presença do   estado em lugares onde hoje há abandono. Foi assim nos outros estados que se  criaram, a partir de  Goiás  (Tocantins)  e Mato Grosso (Mato Grosso do Sul) e  do próprio Pará  (Amapá).  Todos os  estudos apontam que será bom para os três estados. Se  fosse ruim para o Novo  Pará, que surgirá com uma área menor (17% da atual), mas com mais de 75% do PIB  atual para aplicar em um território menor, eu seria o  primeiro a ser contra”, analisa o parlamentar.

A falta de segurança pública no Pará voltou a ser tema nas manifestações de vários deputados,  nesta quarta-feira, na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa). Em aparte concedido pelo  deputado Milton Zimmer,  que criticava a postura do governo diante do episódio envolvendo uma adolescente na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Izabel, o deputado João Salame  disse que esta é  mais uma razão para  que, no dia 11  de  dezembro, a população paraense aprove no plebiscito a criação dos Estados de  Carajás e Tapajós.
Salame  pediu o aparte depois que o seu colega  revelou que “na região de Carajás existe pouco mais de 2.000 policiais, o que representa um policial para cada grupo de 776 habitantes. Um déficit de 1.115 policiais. Em Belém, o efetivo passa dos 6.500 policiais para atender um grupo de 207 habitantes”.  João Salame  observou, porém, que,   mesmo que o governo atual  ou qualquer  outro, quisesse elevar o número de  policiais tanto na Região Metropolitana de Belém quanto no Sul e Sudeste, esbarraria na Lei de Responsabilidade Fiscal. Nessas duas regiões, que querem se  emancipar  para  formar o Estado de Carajás, vivem  mais de 1,5   milhão pessoas que precisam de  mais  proteção”, assinalou Zimmer, evocando até a Constituição.

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