sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Salame luta contra violência em São Miguel do Guamá

Um bandido, identificado apenas como "Bocão" tornou-se o terror de São Miguel do Guamá, município do Nordeste do Pará, a 250 quilômetros de Belém. Ele assalta, ameaça e mata (ou manda matar) pessoas. Só este mês já roubou cerca de 30 motos, para desmanche ou para vender inteiras. A polícia sabe de tudo, inclusive do endereço do marginal, mas se diz impotente porque não tem condições para prendê-lo. O cabo Freitas declarou que está envergonhado de ser policial militar e não poder cumprir satisfatoriamente as suas obrigações. Não que lhe falte vontade e disposição, mas porque a delegacia de São Miguel não tem condições de abrigar presos, intrditada que está há cinco anos, por diversos representantes do Ministério Público. A PM local não tem munição, gasolina ou viaturas em condições para uma diligência. São apenas oito ou nove policiais por turno e o município é grande, com uma população flutuante muito expressiva. "Bocão" tem até cartão de visita, mas continua livre a desafiar as autoridades locais e a debochar dos indefesos populares. Toma moto de qualquer um no meio da rua e ninguém pode protestar que corre o risco de desaparecer misteriosamente. Dizem que "Bocão" costuma afirmar, como Luiz XV, que ele é a lei e o estado.

 A vergonhosa situação faz de São Miguel do Guamá uma cidade verdadeiramente sem lei, sem ordem, sem administração pública digna desta denominação. Mas a violência - que por si só já é uma demonstração da ausência das autoridades constituídas - acaba agravando também a precária situação da saúde pública. As pessoas que se sentem mal à noite não se encorajam a procurar um posto médico. Primeiro para não ser assaltas e humilhadas em praça pública por gente como o "Bocão"; depois porque os postos médicos municipais e nada são a mesma coisa. Não há medicamento nem profissionais de saúde em número suficiente para fazer frente à demanda. A maioria das pessoas que necessita de atendimento médico ou se desloca para Paragominas, Castanhal, Capanema e Belém, ou fica esperando por um milagre, até às derradeiras consequências.

O terrorismo em São Miguel do Guamá não é provocado só por gente da laia de "Bocão" e outros  que perambulam pela cidade em busca de suas vítimas. Quando as encontram, atacam a qualquer hora: pode ser dia ou noite, contam todos. O terrorismo em São Miguel do Guamá é também praticado pela administração municipal, que demite, persegue e oprime qualquer cidadão que ouse discordar do desgoverno a que o município está submetido. As ruas de São Miguel do Guamá são uma vergonha: lixo, pedra, poeira, mato, entulho, tudo faz parte do triste cenário guamaense. E o povo, no entanto,se revela tão hospitaleiro e batalhador...

Mas, essa situação sempre foi assim.  As sucessivas administrações municipais nunca disseram a que vieram. A atual prefeita não é diferente. Acontece que isso já começa a mudar. O povo já não consegue mais suportar os esbulhos, as falsa promessas, inclusives de deputados que foram até bem votados no município e sumiram depois da eleição. E começa, esse povo, a se organizar para dar o troco. Quando povo despertar e exige mudanças, ninguém o segura, não fica pedra sobre pedra. No caso de São Miguel do Guamá essa ambição dos mequetrefes passa pela organização popular, e, se isso vier a ser verdadeiro, logo uma nova aurora surgirá em São Miguel.

Este é mais ou menos o quadro que deazenas de moradores de São Miguel do Guamá apontaram, na noite de quarta-feira, para o deputrado Joã Salame Neto, líder do PPS na Assembléia Legislativa. Ele foi convidado a voltar ao município por um grupo de "combatentes" do bem, para orientar a reorganização do seu parido. A empresária Leidinha, o médico Fonseca, e gente como da melhor qualidade como Alex e Valmir,este um líder religioso, estão arrigimentando o que há de melhor na sociedade guamaense com vistas a estabelecer novos tempos no município. O encontro foi no bairro da Palmeira, já rebatizado de Padre Alberto, numa igrejinha. Muitas queixas, mas muitas queixas foram apresentadas ao deputado Salame. Ele, que já esteve em mais de 70 municípios depois das eleições e que só teve quatro votos em São Miguel, ficou emocionado com os relatos. São Miguel do Guamá é uma região que já foi muito violenta. Porém, espantou-se com o grau de facilitação que há na cidade para a ação dos bandidos e a"punição" dos cidadãos de bem. Basta dizer que o 190 ( telefone de urgência da Polícia) não funciona.

E assim, João Salame abraçou a causa dos guamaenses. Não fez promessa de resolver nada, mas de lutar em busca das soluções junto ao Comando da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Saúde, à Secretaria de Educação  e do próprio governador Simão Jatene, com vistas a ações emergenciais. Aproveitando a viagem, cuidou de mostrar os caminhos para a reorganização do PPS em São Miguel e aconselhou os eleitores a escolher melhor seus representantes, para que não sintam os dissabores que ora estão a sentir. "O voto perdido não é aquele que se dá ao político que não se elege; mas o que damos ao político que se elege e que traia a nossa confiança e a nossas expectativas", afirmou, ao comentar a declaração de uma senhora de que a população  está decepcionada com os seus "representantes", sejam municipais, sejam estaduais.

Salame aprveitou o ensejo para mostrar que é um político diferente e que o seu partido prima pela ética e pela moralidade no trato da coisa pública.

4 comentários:

  1. caro Deputado venho por meio desta informar que o senhor esta muito desenformado sobre a cidade de São Miguel do Guamá a adiministração publica esta de vento em poupa trabalhando tanto na cidade e no interior ate ja sei por que o senhor só teve 4 votos aqui na cidade uma pelo fato do senhor nunca ter feito nada pelo nosso municipio e outra para falar daqui tem que conhecer e não apenas passar pela cidade e ouvir o que lhe falaram, deixo aqui o meu relato de um cidadão guamaense

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  2. Que bom que o município esteja de vento em popa. Um município que sofreu há pouco tempo a cassação de um prefeito. Realmente não conheço suficientemente São Miguel e pretendo conhecer mais. Tanto que já estive este ano duas vezes no município e não fui pra pedir votos. Fui pra ouvir e trabalhar. Já encaminhei vários pedidos para a Polícia Militar.
    Mas gostaria de ressaltar que no bairro onde reuni com dezenas de moradores, numa igreja, as reclamações quanto ao trabalho da prefeitura foram muitas. Não digo que o caro amigo está equivocada, mas é preciso ter humildade para ouvir a voz das ruas.
    Quanto a mim, humildemente,vou trabalhar por São Miguel, porque encontrei parceiros que aprendi a respeitar, como é o caso da Dra. Neidinha e vários de seus amigos. Quanto aos 4 votos tenho orgulho dessas pessoas que, mesmo sem eu ter ido a São Miguel, demonstraram confiança em mim. Vou retribuir trabalhando.
    Um abraço

    João Salame

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  3. Meu nobre deputado João Salame, sempre leio nossos jornais local, cito opinião, e correio do tocantins e sempre vejo vc viajando a São Paulo, Brasilia, Bragança, e São Miguel do Guama neste ultimo municipio vc foi, falar sobre violencia, e logo em seguida comprei o jornal correio do tocantins do dia 23 a 24 de agosto e me supriendir com a manchete em letrs garrafais que diziam: 15 são assassinados a cada 30 dias em Maraba.

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  4. Meu caro amigo. Sou deputado estadual e tenho que estar em todos os lugares que necessitam do meu apoio. Mas tenha certeza que não me esqueço de Marabá. Agora mesmo entregamos várias viaturas de polícia, junto com o governador, em Marabá. Foi uma solicitação minha ao governador. Tenho lutado pela construção de um novo módulo na penitenciária, pela construção do Quartel de Polícia em Morada Nova, pra que tenhamos um helicóptero da polícia permanentemente em Marabá e investimentos em delegacias em vários municípios da região.
    Além disso trabalho na parte preventiva, lutando pela construção de escolas, hospitais, quadras de esportes e tantas outras iniciativas que ajudam a tornar a sociedade menos violenta.
    Quando vou a Brasília e São Paulo o faço em busca de informações que possam nos ajudar a resolver o caos social em que vive o Pará e também em busca de recursos.
    Essa é a nossa luta. Mas tenha certeza que jamais esquecerei da nossa Marabá.
    Um forte abraço

    João Salame

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