quarta-feira, 29 de junho de 2011

Salame propõe Honra ao Mérito para o Independente

Até deputados torcedores de Paysandu ou Clube do Remo – considerados os dois maiores rivais do fute­bol paraense -  subescreveram, nesta terça-feira, o projeto de Decreto Legislativo, de autoria do líder do PPS na Assembléia Legislativa, João Salame Neto, para que seja concedido o título de Honra ao Mérito ao Independente Atlético Clube, de Tucuruí, que conquistou brilhantemente o Campeonato Para­ense de Futebol, domingo passado.
O Independente, conhecido popularmente como Galo Elétrico, derrotou o Paysandu nos pênaltis, depois de um empate em 3x3 no tempo normal. Esta é a primeira vez, em 103 anos de disputa do chamado Parazão, que uma equipe do interior chega ao título máximo. O Independente foi campeão do segundo turno e ganhou o direito de decidir o certame contra o Papão, vencedor do primeiro turno e bicampeão paraense.
Na sua justificativa, o deputado Salame afirma que “ o Campeonato Paraense de 2011 fica marcado pela brilhante atuação do Independente ao protagonizar um espetáculo que envaidece a todos os desportistas interioranos, que se vêem representado na garra dos jogadores que, após o resultado de 3x3, decidiram honrosamente nos pênaltis”.
Salame é fundador e ex-presidente do Águia de Marabá que, por duas vezes, esteve perto de ser campeão estadual. Ele lembrou que o Independente este ano mudou de presidência e de sede – indo para Tucuruí,além de conseguir classificação para a elite do futebol paraense. O parlamentar fez referências especiais ao presidente do clube campeão, o ex-deputado Deley Santos.
Em entrevistas, João Salame criticou o fato de os chamados clubes grandes de Belém – Remo e Paysandu – terem recebido do governo do Estado R$ 1,6 milhão para disputar o campeonato, enquanto o Indenpendente, o Águia, o São Raimundo de Santarém, e o próprio Cametá terem recebido apenas R$ 50.   Na avaliação do parlamentar os critérios de ajuda do governo devem ser reavaliados, para evitar que o dinheiro público seja gasto com volumosas contratações de jogadores sem qualidade técnica.
Salame lembrou que o governador Simão Jatene já acenou com a possibilidade de condicionar a ajuda aos clubes aos méritos de cada equipe.
“É uma vergonha ver a falência da administração do futebol profissional do Pará. Nada contra o presidente da FPF e dirigentes dos clubes. Mas há oito anos não temos uma final entre Remo e Paysandu e isso é um reflexo da atuação de “empresários” que compram dúzias de jogadores sem qualidade. Parece que se miram nos bons exemplos, como o Santos e o São Paulo, que valorizam a prata da casa. Os clubes aqui não investem nas divisões de base e quando surge uma revelação vendem logo para o primeiro que chegar. Falta compromisso dos dirigentes para com a garotada do Pará”, criticou.
Salame cobrou uma fiscalização do governo e da própria Alepa nos clubes para saber como gastam o dinheiro, que recebem do Estado.

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